domingo, 24 de julho de 2011

A princesa e a ervilha

há uma fábula infantil que conta a história de uma princesa que não sabia que era princesa. pra descobrirem se ela era mesmo a princesa, colocaram uma ervilha embaixo de 10 colchões nos quais ela ia dormir.

se ela sentisse a ervilha, era princesa. se não reparasse, era uma mulher comum. apenas uma mulher comum.


no mundo, existem dois tipos de mulheres. as princesas e as comuns; as que se incomodam com a ervilha e as que dormem bem anyway.

a única diferença entre elas, o único detalhe que faz com que haja princesas e não princesas, é se incomodar com as ervilhas da vida, independente de quantos colchões hajam por cima.

falta de educação, é uma ervilha.
falta de consideração, outra.
gente pedante, ervilha.
falsidade, outra ervilha.
indelicadeza, impaciência, incoerência, mau humor, irresponsabilidade. todos... ervilhas.

as mulheres comuns se acostumam, se sossegam assim - como melhor lhes convêm. acham desculpas para não sentir as ervilhas, ou não as sentem mesmo. Acreditam que um dia a ervilha vai murchar, ou que é só uma falha da madeira. não há o que ser feito. conformam-se (outra ervilha).

e não estão erradas porque, oras, são apenas comuns. e ervilhas.

as outras, no entanto, não se conformam. não importam quantos colchões, elas simplesmente sentem a ervilha. e não se conformam.

esperam (esperam no sentido de ter esperanças) por que sabem que são diferentes.

afinal, existem dois tipos de mulheres.
e elas, definitivamente, são as princesas - e pra elas, qualquer ervilha incomoda.

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