quarta-feira, 20 de julho de 2011

hoje eu fui pra área externa do bar atender uma ligaçao e fiquei observando as pessoas por ali.

em sua maioria mulheres, choramingando ligações nunca recebidas.
promessas nunca cumpridas, desejos não realizados.

em sua maestria esplêndida eles, os homens.
e tão sempre amaldiçoados.

ele não ligou, ele não me quer, ele me enrolou, ele disse aquilo ou ele deixou de ser isso.

tudo me remetendo a uma crônica que li há muito tempo, que dizia mais ou menos assim:

sofremos tanto, queimamos sutiãs em praça pública, fizemos marcha pela liberdade sexual, nos rebelamos, nos encontramos, galgamos cargos altos, salários maiores ainda... e ainda assim, depois de tudo isso, queremos ser a mulherzinha do lar.

o meu intuito é o trabalho, o conselho do amigo é desencanar.

engata que primeira que tudo vai.
mas nunca se esqueça de quem ficou com os peitos de fora para que tivessemos a liberdade que temos hoje.

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