domingo, 26 de fevereiro de 2012

Paramos.

Perder alguém dói. Ver alguém próximo morrer, dói. Acabar um relacionamento, brigar com o melhor amigo, sentir saudade... tudo isso dói. Mas nada dói mais do que deixar de acreditar em si mesmo.

Nada dói mais do que ser descrente do que se é, e, mais ainda, do que se pode ser.
Dói saber que o que tenha que acontecer não vai acontecer porque faltou acreditar.
Não faltou dinheiro, não faltou tempo, não faltou ninguém. Faltou sentir que acreditar era possível.

Parece compulsório e gradual parar de acreditar.
Paramos de acreditar em papai noel, em coelhinho da páscoa. Depois, na primeira dor, paramos de acreditar no amor. Paramos de acreditar nos políticos, na igualdade social, na paz mundial. Paramos de acreditar até mesmo em Deus - meu Deus, onde você está agora que eu mais preciso de você?

Paramos de acreditar nos nossos sonhos! E na capacidade de transformá-los em realidade. Que pecado. Paramos de acreditar em pecado - libertas quae sera tamem. Paramos de acreditar que liberdade tem limite - veja só.

Paramos de acreditar.
E no desacreditar de cada dia, paramos de acreditar em nós.
Paramos de acreditar que alguma coisa vai acontecer em nós, conosco.
E quando paramos de acreditar em nós mesmos, paramos de sentir, interrompemos qualquer fluxo futuro do que poderia ser, poderia acontecer, poderia creditar.
Paramos,
simplesmente paramos.

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