domingo, 17 de fevereiro de 2008

Tempestade em copo d'água...

(ilustração: 'tudo sobre minha mãe')

- já reparou que a gente cresce mais quando tá nunca situação difícil? ou em crise?

- já reparou que quando a gente tá feliz demais... a gente tá feliz demais pra reparar o quanto mais pode crescer?


3 comentários:

Murilo Battistella disse...

isso gera boas discussões no msn.

Unknown disse...

e como isso é verdade! a felicidade é superficial, ou podemos dizer que ela eleva a gente. A tristeza nos dá profundidade, não é mesmo? Sinto que só nas profundezas do desastre é possível crescer... esse é o valor irreconhecido da expiação: a chance de podermos REPARAR, OBSERVAR quantos e quantos degraus dá pra subir diante do perigo, diante da ameaça, diante do que tá incomodando a gente, como um nó doloroso que subverte profundamente....
Pra mim, poder ter a chance de penetrar na tristeza, de ver de que matéria ela é feita, é a chance de colher uma flor luminosa no meio da escuridão, que tanto a gente teme..
A felicidade não pode proporcionar tanto crescimento... as pessoas que só experimentam a felicidade parecem permanecer sempre na superfície. Elas não tem raízes, não vão até o fundo do oceano, enfrentar os tubarões, enfrentar a falta de claridade.
Reparar, observar sem medo, ou mesmo RECORDAR enquanto vc cai num abismo aparentemente sem acorde, sem tonalidade, é possível de repente escutar a musicalidade da queda, o silêncio da queda... isso é um grande crescimento.
Penso que é preciso apenas, de fato, recordar, REPARAR direitinho o que está acontecendo, e não simplesmente fugir pra ir jogar baralho e tentar esquecer...
recordar é aprender e crescer, esquecer é nunca aprender, é ficar na média, ficar na margem.
Recordar vai além da margem, vai ao centro, onde está a claridade. E pra chegar na claridade, é preciso atravessar a escuridão.

Anônimo disse...

Concordo em gênero, número e grau...