Tem gente que é um sopro de alegria.
Tem gente que, pra mim, é um sopro de
alegria.
Sopro de vento frio, de brisa leve, que quando bate no rosto nos dias
mais quentes do ano te faz fechar os olhos e sorrir levemente – te faz vivo, te
faz atento, te faz sentir.
É aquela fisgada inconsciente que te tira do chão,
por frações de segundos, e que te marca por dias, semanas, ou talvez uma vida
inteira.
Esses sopros de alegria, esses pequenos gestos sem origem e sem
direção, são uma dessas coisas que podem passar despercebido porque o calor te
deixa irritado, a multidão fala muito alto ou a conta pra pagar está vencida.
Mas quando se faz do sopro bem vindo, ele tem o poder de contagiar, e se alojar no rosto, por um instante qualquer,
pode se tornar ventania, tufão, furacão... Mudar a sua vida, e talvez a dos
outros também.
O sopro,
pra mim, foi alguém. Mas pra todos nós podem ser várias outras coisas.
Um sopro
pode vir em formato de tragédia, de renascimento, de promessa...
E então, um sopro é tudo aquilo que de alguma maneira te
atinge e te coloca de cabeça para baixo.
No final de tudo – ou no começo de tudo? - o que importa é que ao aceitar o afagar do vento nos cabelos, tudo pode se transformar.
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