segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Sopro de alegria.




Tem gente que é um sopro de alegria. 

Tem gente que, pra mim, é um sopro de alegria. 

Sopro de vento frio, de brisa leve, que quando bate no rosto nos dias mais quentes do ano te faz fechar os olhos e sorrir levemente – te faz vivo, te faz atento, te faz sentir. 

É aquela fisgada inconsciente que te tira do chão, por frações de segundos, e que te marca por dias, semanas, ou talvez uma vida inteira. 

Esses sopros de alegria, esses pequenos gestos sem origem e sem direção, são uma dessas coisas que podem passar despercebido porque o calor te deixa irritado, a multidão fala muito alto ou a conta pra pagar está vencida. Mas quando se faz do sopro bem vindo, ele tem o poder de contagiar, e se alojar no rosto, por um instante qualquer, pode se tornar ventania, tufão, furacão... Mudar a sua vida, e talvez a dos outros também.



O sopro, pra mim, foi alguém. Mas pra todos nós podem ser várias outras coisas. 

Um sopro pode vir em formato de tragédia, de renascimento, de promessa...

E então, um sopro é tudo aquilo que de alguma maneira te atinge e te coloca de cabeça para baixo.

No final de tudo – ou no começo de tudo? - o que importa é que ao aceitar o afagar do vento nos cabelos, tudo pode se transformar.









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