quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

curtindo a vida adoidado II


claro que eu suporia a minha retórica.


o quê, pra você, é curtir a vida adoidado?


pra mim, na minha ainda inocente idéia de que eu deveria ter nascido em décadas passadas, curtir a minha vida adoidado é curtir todo e qualquer momento, sem comprometer a minha saúde, a minha vida e as pessoas que amo.


talvez eu esteja, mesmo, na década errada.

achando tudo muito errado.


vendo tantas e quantas amigas (ex-amigas? quiçá apenas colegas?) engravidando, muitas delas com homens (meninos?rapazes?) "alheios" a qualquer tipo de relacionamento.

tantos e quantos jovens se embebedando a torto e a direita (mais a torto...), drogando-se por "diversão" que tão logo se tornará necessidade.


quantas vidas, tão longas, ou mesmo curtas, são diariamente interceptadas pela diversão sem limites que,

de tão irresponsável,

torna-se insalubre.


ps: no detalhe, uma homenagem às meninas com quem moro.

com quem vivo a vida adoidada!

3 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Hey meninafranco, de volta às paradas então?
Que massa, eu tbém resolvi fazer um retorno pra essas bandas!

Mas que coisa né, Curtindo a Vida Adoidado sendo considerado Cult. Mas é óbvio o motivo: a idéia do filme se tornou um pouco rara no sentido que ele quer passar: aquela exploração das emoções que temos quando corremos certos riscos - principalmente sociais - sem se preocupar com as consequências. Aquela velha necessidade de sermos jogadores desponta de dentro, e com ela, a pergunta consequente - o que temos realmente a perder? Nós viemos de mãos vazias para esta vida, e iremos embora exatamente com a mesma vacuidade nas mãos. No fundo, não há absolutamente nada a perder. Só a ganhar. Curtir a vida adoidado não é mais do que realizar aquilo que faz o coração vibrar, não importando as consequências.
É realmente muito difícil reunir coragem para fazer algo que a gente tá querendo muito fazer por causa de algum receio frente às consequências desta vontade arrebatadora. Mas se não reunirmos coragem e não arriscarmos, qual será a probabilidade de fazermos nossas emoções explodirem naquilo para o qual elas foram feitas? A vida é curtíssima demais pra perdermos a chance de sermos felizes!
Curtir doidamente pra mim é apostar todas as fichas. É necessário arriscar o máximo porque o momento seguinte nunca é uma certeza - nunca foi e nunca será. Então, qual é a necessidade de se preocupar tanto com ele? A questão é saber viver sem culpa, sem medo. O Inferno e o Céu estão aqui e agora. São metáforas para Morte e para Vida! Não são lugares, são estados psicológicos. Morte é segurança e vida é insegurança absoluta. Mas o céu e o inferno estão aqui. Algumas pessoas criaram a idéia de céu e inferno porque elas tinham medo da vida. Não existe absolutamente essa questão de medo da morte. Eu jamais me encontrei com alguém que tenha medo da morte. Mas quase todo mundo morre de medo da vida.
Só existem duas possibilidades: ou você morre a cada momento tendo medo ou você vive simplesmente: a decisão é nossa.
Não há nada a perder. Não há punições ou recompensas no fim da vida - quem poderá garantir verdadeiramente?
Eu quero que alguém aqui me dê uma única evidência verídica de que haverá contabilizações no fim da vida!
Portanto, nós não temos medo do desconhecido, medo do que virá depois da morte, nós temos medo de viver o conhecido, que é a vida. Nós sequer sabemos o que virá! Que mente insana pode temer o que ainda não chegou? O coração vibra neste exato momento em que o risco está sendo encarado. Há o medo de se viver o céu ou o inferno no presente, porque quando a coisa é vivida, não há tempo de se ficar encurralado atrás de conceitos e crenças que estão anos luz de você.
Se a pessoa realmente viveu, ela no fim da vida não pode se tornar rabugenta. Já perceberam o que isso significa? Aquilo que a gente deixa de viver, se torna um peso nos ombros, se torna um peso maior a cada dia. Os amores que deixamos passar, as loucuras que deixamos de cometer... TUDO!
No fim da vida toda essa repressão se tornou uma chumbada nas costas...
Eu reparei como funciona, o motivo que leva os velhos rabugentos a quererem que todos fiquem quietos, que parem de ser felizes, de cantar, de irem aos lugares que querem, de festejar...
É muito simples, tudo o que ele não viveu, ele condena, por isso a rabugentice. E quanto menos se viveu, mais autoritário se fica, mais cheios de mandamentos e regras babacas se fica.
A criança brincalhona dentro dele foi reprimida, pelos sacerdotes, pelos pais, pelas regras, porque assim ele seria respeitado e aceito. E hoje quando ele vê alguém celebrando seu ego fica ferido, então é melhor impedir isso.

No que me diz respeito, eu nasci exatamente na década que deveria ter nascido. Não deve ser por mero acaso estarmos aqui nesta década. A existência não é burra. Deve existir algo com que devemos contribuir para esta época. As pessoas que vieram na época anterior vieram pra contribuir com algo para aquela época. Depende de você. A coisa errada não está na coisa, está na sua visão. Pra mim, está tudo como deveria ser. Como digo, a existência não é burra e ela nos deu a expiação exatamente pra encararmos aquilo que está à nossa disposição.
É fácil encontrar culpados, mas é muito, muito difícil mudar ou clarear a sua visão.
As pessoas criaram o inferno na terra em todas as épocas da humanidade. Já pensou se você tivesse nascido em 1930? Com certeza seria também a década errada: dez anos mais tarde aconteceria um dos maiores genocídios da história, que chamamos de segunda Grande Guerra. E se você tivesse nascido em 1960, já pensou encarar a ditadura?

Não há década errada, há MENTE errada. Há VISÃO errada. O erro não está no mundo, o erro está EM VOCÊ.
Me dê uma única prova de que o erro não está em você e você me convencerá do contrário.

Os Hippies foram os maiores drogados da história, pelo menos aqui no Ocidente. Eram muito mais drogados do que hoje. A diferença é que hoje há 3 bilhões de pessoas a mais no mundo, e a demanda aumentou, o contingente aumentou.
A história não muda, a história sempre se repete, a vida é um Eterno Retorno. Quem muda somos nós, individualmente, com nossa visão.
O que dizer da china da década de 70, pouco antes de certo controle de natalidade ser incorporado
àquela nação? Era só fornicação pra tudo quanto é lado e chineizinho sendo jogado nas sarjetas a torto e a direita!
As drogas aqui no ocidente são um fenômeno muito novo. Elas existem no Oriente há mais de 4 mil anos. Templos indianos e chineses séculos atrás eram palcos de verdadeiras overdoses coletivas porque eles usavam muitas drogas recreativas no intuito de atingirem estados alterados de consciência, como acontece hoje aqui no Ocidente. É que aqui a possibilidade se se aprofundar no universo interior começou apenas no século passado a ser vislumbrada.
A diferença é que o nosso templo é o Rock and Roll, brow... Hoje temos a mídia pra amplificar monstruosamente o caráter das coisas; a gente fica estupefato com as notícias, que são as mesmas não contadas de séculos/milênios atrás.
Nada muda, só mudam os atores, mas o roteiro é o mesmo.

Vida longa àqueles que se importam em criar o paraíso aqui na Terra. Aos que criam o inferno, vida longa também. Este palco serve exatamente pra isso mesmo. Os erros e os acertos continuam sempre com novas formas, com formatações diversas. Tudo está perfeitamente como deveria ser.
É necessário enxergar além da dualidade.

Grande beijo!

Nathalie Bonome disse...

Curtir a vida adoidado é viajar por lugares fantásticos sem se esquecer jamais das pessoas que consideramos realmente FANTÁSTICAS...

Não pude desejar verbalmente - nem literalmente - aquela alegria das boas festas de fim de ano para você e a sua família. Mas tenha certeza de que em pensamento a menina Nina esteve presente o tempo inteiro: no sentimento de generosidade e amor presente no Natal; e no espírito de renovação na entrada de 2009...

Te amo bastantão, sua doida adoidada! E estou MUITA, MUITA saudade!

Beijo