Não necessariamente né... pode ser simplesmente alegria, uma felicidade incontida, a certeza de que aquele capítulo da sua vida valeu a pena. E novos capítulos surgiram, ou podem surgir. Depende do estilo de cada um. Eu particularmente vejo que a maneira mais simples de avançar é abrir mão de tudo e até de nós mesmos, é prescindir daquilo que foi bom na hora certa, teve seu momento, e se foi. O medo de prescindir o passado é o medo do presente e do futuro. Sei lá, pelo menos pra mim, quanto mais eu abro mão, melhores coisas surgem a todo momento, melhores que as anteriores. Se as nossas mãos estão cheias do passado, elas não podem estar livres para o presente. Se você der um passo que seja, você terá que deixar o pedaço de terra sobre o qual você estava em pé. Uma vez eu ouvi dizer em algum lugar que é sempre necessário ter a noção de quando uma etapa chega ao seu fim, quando algo tem que acabar. Cada jornada tem o seu tempo certo, necessário. É que as vezes elas são tão boas que nós não queremos sair delas, ou esquecê-las, e então perdemos a oportunidade de descobrir novos começos, de avançar. Fernando Pessoa uma vez escreveu: "O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto." É, a gente pode não conseguir nada além de nostalgia no presente pois nós estamos tentando viver o passado no presente. E isso é deveras melancólico. Talvez seja mesmo muito necessário um virar de página, com outros textos, com outras histórias. É bom recordarmos, mas se não nos desprendermos, se não desatarmos os nós dos tempos idos, não há como viver... viveremos sempre na sombra do passado. Afinal, coisas tão boas quanto as antigas, ou melhores, sempre surgem, sempre podem surgir...
2 comentários:
Não necessariamente né...
pode ser simplesmente alegria, uma felicidade incontida, a certeza de que aquele capítulo da sua vida valeu a pena. E novos capítulos surgiram, ou podem surgir.
Depende do estilo de cada um. Eu particularmente vejo que a maneira mais simples de avançar é abrir mão de tudo e até de nós mesmos, é prescindir daquilo que foi bom na hora certa, teve seu momento, e se foi. O medo de prescindir o passado é o medo do presente e do futuro. Sei lá, pelo menos pra mim, quanto mais eu abro mão, melhores coisas surgem a todo momento, melhores que as anteriores. Se as nossas mãos estão cheias do passado, elas não podem estar livres para o presente. Se você der um passo que seja, você terá que deixar o pedaço de terra sobre o qual você estava em pé.
Uma vez eu ouvi dizer em algum lugar que é sempre necessário ter a noção de quando uma etapa chega ao seu fim, quando algo tem que acabar. Cada jornada tem o seu tempo certo, necessário. É que as vezes elas são tão boas que nós não queremos sair delas, ou esquecê-las, e então perdemos a oportunidade de descobrir novos começos, de avançar.
Fernando Pessoa uma vez escreveu: "O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto."
É, a gente pode não conseguir nada além de nostalgia no presente pois nós estamos tentando viver o passado no presente. E isso é deveras melancólico.
Talvez seja mesmo muito necessário um virar de página, com outros textos, com outras histórias.
É bom recordarmos, mas se não nos desprendermos, se não desatarmos os nós dos tempos idos, não há como viver... viveremos sempre na sombra do passado.
Afinal, coisas tão boas quanto as antigas, ou melhores, sempre surgem, sempre podem surgir...
Postar um comentário