domingo, 10 de agosto de 2008

o caminho mais curto...


Estive pensando muito nas coisas que escrevo;

e mais ainda nas coisas que gostaria de escrever mas que, com o sono, falta de tempo e / ou preguiça, simplesmente não escrevo.


já tentei a técnica de andar com um caderninho do lado.
Mas quem me conhece sabe que ou eu escrevo rápido demais, a ponto de não entender a minha letra; ou eu penso rápido demais, a ponto de não acompanhar meus pesamentos.

A divagação de hoje que, na minha mania de frases rápidas e de impacto - tudo culpa da comunicação massiva - , teria ficado vaga demais, me fez escrever além do que iria escrever.


Penso hoje nos caminhos curtos para chegarmos em algum lugar.

E a conclusão à qual cheguei foi que os caminhos "curtos" são, talvez, (somente TALVEZ!)caminho para coisas "ruins".


Explico, a começar pela frase estopim do post:

o caminho mais curto para a amoralidade talvez seja a imoralidade;

bem como o caminho mais curto para o caos seja o medo.
entre outros.


Mas quando falo de construção de significados, sentimentos, relacionamentos e, por que não, na em vida tudo tende a ser integral.
Integral no sentido de completo.
Mais difícil de digerir, sim!
Mais trabalhoso, despende mais energia...


Mas onde tá a graça quando o caminho é curto demais?


Aproveite cada passada; e não se esqueça de deixar migalhas pelo caminho.... passarinhos adoram!


4 comentários:

V.H. de A. Barbosa disse...

Gostaria de pegar uma parte em especial:

"o caminho mais curto para a amoralidade talvez seja a imoralidade"

Tanto moralismo quanto imoralidade conduzem a esse termo, no que lhes convém. Sou um defensor de um conceito mais benéfico de amoralidade, uma vez que não se vence seguindo os caminhos do moralismo cerceador e da imoralidade corruptora.

Abraços!

. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
. disse...

"Mas onde tá a graça quando o caminho é curto demais?..."

Talvez ( mas apenas TALVEZ, como diria uma amiga ) a graça seja chegar mais rápido ao destino... onde encontra-se o pote de ouro ou o fim do arco-íris.

Unknown disse...

É sempre bom lembrar que uma casa é o somatório de todos os tijolos, que foram arquitetados um a um, passo a passo, para formar a casa toda.
Não tem mistério: a pressa não nos conduz a nada. Na vida, com certeza há alguns atalhos, mas mesmo os atalhos implicam em riscos, em quedas, porque, no final das contas, todos somos apenas humanos e nossas pernas são somente pernas humanas.
Todos os caminhos verdadeiros são longos, e todos os caminhos falsos são curtos.
Uma vez eu ouvi dizer a jornada é o destino, e que com paciência a água fura a pedra de tanto bater.
Não há graça alguma em caminhos curtos, e a nossa dignidade e nossa INTEGRIDADE consistem em olharmos pra cada tijolo e dizer: "realmente sou digno e merecedor de tudo isso, a minha casa está completa e sou feliz."
Se a jornada é o destino, o pote de ouro está sendo construído a cada tijolo montado.
Então, de grão em grão, pouco a pouco, sem pressa, a gente um dia pode constuir um castelo. E o castelo não significaria nada sem os grãos que um dia o fizeram.

abraços!