quarta-feira, 9 de julho de 2008

ê, sum paulo.


Confesso.

tenho sido extremamente injusta com São Paulo.

Injusta, sim; se não displicente.


Em várias conversas e bate-papos nunca deixo de citar Minas:

'porque lá em Minas, a coisa é diferente'

'na minha terra as pessoas são assim'

'aqui é tudo muito diferente' - cara de nojo.


E parei, justamente, pra pensar em como trato carinhosamente minha terra natal.

Ou melhor, como maltrato o estado que me acolhe.


É bem verdade que em muitas dessas conversas a cautela é enorme; as palavras são medidas.

Não porque mineiro come quieto; mas porque, fora dois ou três, meu círculo social abrange paulistas natos - e queridíssimos, diga-se de passagem.


Acontece que foi esse estado que tanto me encheu os olhos e que me hipnotizou.

Trocar a cidade pequena pela cidade grande (não é capital, mas vá lá: para os meus padrões antigos, Bauru é um desbunde) foi um salto e tanto. Faculdade, responsabilidades, saudades, amores e desamores... Toda aquela ladainha costumeira da tal 'mudança de vida'. Que, tenho certeza, não pára na graduação.

Foi bom. Mas não foi fácil.


A comparação que faço de São Paulo - repetitivamente - tem ares dolorosos:

ares de namorada apaixonada;

briga, chora, esperneia e fala mal!

Mas ama - e como ama! - e não consegue ficar sem.

Um comentário:

O Tempo Passa disse...

Todo lugar tem seu encanto e seu senão; é só prestar atenção.
O que é bom pra uns, é ruim pra outros, e com razão.
Importa descobrir o que atrai e curtir tudo com paixão...