Confesso.
tenho sido extremamente injusta com São Paulo.
Injusta, sim; se não displicente.
Em várias conversas e bate-papos nunca deixo de citar Minas:
'porque lá em Minas, a coisa é diferente'
'na minha terra as pessoas são assim'
'aqui é tudo muito diferente' - cara de nojo.
E parei, justamente, pra pensar em como trato carinhosamente minha terra natal.
Ou melhor, como maltrato o estado que me acolhe.
É bem verdade que em muitas dessas conversas a cautela é enorme; as palavras são medidas.
Não porque mineiro come quieto; mas porque, fora dois ou três, meu círculo social abrange paulistas natos - e queridíssimos, diga-se de passagem.
Acontece que foi esse estado que tanto me encheu os olhos e que me hipnotizou.
Trocar a cidade pequena pela cidade grande (não é capital, mas vá lá: para os meus padrões antigos, Bauru é um desbunde) foi um salto e tanto. Faculdade, responsabilidades, saudades, amores e desamores... Toda aquela ladainha costumeira da tal 'mudança de vida'. Que, tenho certeza, não pára na graduação.
Foi bom. Mas não foi fácil.
A comparação que faço de São Paulo - repetitivamente - tem ares dolorosos:
ares de namorada apaixonada;
briga, chora, esperneia e fala mal!
Mas ama - e como ama! - e não consegue ficar sem.
Um comentário:
Todo lugar tem seu encanto e seu senão; é só prestar atenção.
O que é bom pra uns, é ruim pra outros, e com razão.
Importa descobrir o que atrai e curtir tudo com paixão...
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